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domingo, 26 de dezembro de 2010

ANÁLISE LITERÁRIA, ESCATOLÓGICA E ESPIRITUAL

                                                       "SECA MALVADA"



                   Este é um estudo que sempre desejei realizar sobre poesias, letras musicais, músicas de letras e poesias, textos literários, discursos e obras literárias em geral. Tarefa para doutos que acanhadamente nos afoitamos ingressar nela. Mas, como dizem que Deus escreve certo por linhas tortas, vamos deitar a  nossa linha apesar de toda torta e rezar  para ver se o nosso bom Deus a desentorta.


                   Bem, vamos iniciar com uma letra e uma música de nome “Seca Malvada” de autoria do compositor Lalo Prado e Cecílio Nena, música que suponho ser de Zezé Di Camargo e Luciano.


                   Esta composição musical a considero como sendo um hino do retirante. O retirante é aquele ser humano sofrido e abatido pelas condições inóspitas do tempo - tempo aqui entendido como as condições climáticas e às intempéries a que está submetido esse indivíduo, tais como a seca, a sequidão da terra, o calor abrasante da terra, o chão cru duro e agressivo que maltrata os pés e calejam o corpo que se torna ressecado e casposo em virtude dessa agressão calorífica do sol marvado. O tempo, as condições climáticas do sertão nunca foi um tempo bom. Ou falta chuva, e, tudo torra e resseca, vira torrão em virtude da brasa do calor solar, ou chove demais em pé d’água que transtorna tudo, rebenta paredes de açudes e barragens e barreiros não suportam o peso de tanta água em conseqüência de estarem com suas paredes ressecadas, e, a água arromba tudo, leve todos de roldão e logo mais estará tudo seco outra vez. Ó seca malvada!
                  
                   Mas, vamos conhecer a letra dessa Canção musical, "Seca Malvada"


                   “A CHUVA QUE DEMORA
                   TENHO QUE IR EMBORA
                   QUANDO ABRIR ESTA CARTA
                   VOCÊ VAI SABER AMOR, NÃO CHORA

                   EU JÁ ESTOU NA ESTRADA
                   JÁ VOU LONGE DE CASA
                   TUDO QUE EU LEVO É A CORAGEM
                   A DOR DA SAUDADE, SECA MALVADA

                   EU SÓ QUERIA A RIQUEZA
                   DE TER SOBRE A MESA O POUCO QUE PLANTEI
                   COMO COLHER NA CIDADE  A DIGNIDADE
                   QUE EU TANTO SONHEI

                   A SOLIDÃO É A SECA NO CHÃO
                   QUE SÓ FAZ OS MEUS OLHOS CHOVER
                   MEU CORAÇÃO DE LUAR DE SERTÃO
                   QUER UM DIA VOLTAR PRA VOCE”.


                   Bem, para que alguém possa entender e interpretar o sentimento de quem elaborou a poesia é preciso ter conhecimento do que seja a dor e o sofrimento de um retirante, de um sertanejo, de um caboclo nascido e vivenciado o torrão de terras secas e miseráveis, essa dor que em uma poesia nossa  a denominamos de “a dor da inclemência”.  Dói demais a espera da chuva para um sertanejo, dói a ponto de fazê-lo chorar e ficar triste com pena da miséria e da lamúria dos miseráveis que também choram e lamentam. Tem que ver para crer, meus irmãos! Para esse irmão nascido nesses torrões natais, pode demorar tudo, até a própria morte, para qual ele nem estar ligando, agora, santo Deus mande a chuva, por misericórdia! Mande a chuva...


                   Sim, pois se chover dá de tudo e fartura tem de porção. Seja, é condição indispensável que caia a gota d’água. A demora que significa a seca que é falta d’água representa a morte de tudo. Morrem todas as esperanças, especialmente aquelas de se viver ao lado e perto de quem se gosta e ama. E de quem mais se gosta e adora, podem perguntar a um sertanejo, é do seu torrão natal. Por que a terra estando fértil e refrescada com as preciosas gotas d’água, de resto tudo se arranja, tudo melhora. Se a terra do sertão estiver molhada e verdejante é sinal para o sertanejo de que ele jamais terá a necessidade de se tornará um retirante.  Por isso o clamor a rogar a vinda providencial da chuva.

                   Acaso a chuva demore tem-se que ir embora. É condição imprescindível que a chuva chegue, venha e molhe com todas as suas propriedades o solo sofrido e ressecado, o tornando fértil e aproveitável para que se fique com os seus entes queridos e amados. Se tal fato não se der o sertanejo com o peito sangrando e dolorido tem que se retirar em busca de vida para dar vida a tudo o que ama e gosta.


                   A Quem não conhece essa realidade pode parecer que se estar fugindo da responsabilidade, mas não é o que verdadeiramente ocorre. O que se dar é que, é necessário se fugir da desgraça e da miséria que implacavelmente assola a todos, indistintamente, como que a dizer salve-se quem puder, ou aquele que tiver peito e coragem dê o seu jeito, então morrerá.  E se foge... Ás vezes, muitas vezes, às escondidas para que ninguém veja que se esta fugindo da desgraça e da miséria, por que se for visto no intento dessa fuga, bate um desânimo e uma tristeza que impede de se concretizar o desejo. Se amolece a coragem, bate o choro e se acovarda e fica pra morrer no torrão ressequido das plagas sertanejas, que são milhões ali abrigados, santo deus!!

                   Mas, o desgarramento se dar com muito dor e sofrimento. Só Deus o sabe o quanto se vê compungida a alma desse ser aviltado com a desventura da sorte, por ter nascido sertanejo. Como se sente desprezado pelas contingências da vida, ovelha desgarrada que terá que dar notícias e dizer para os que ficaram que foi obrigado a deserdar, deixando-os para trás para não deixá-los morrer. Quando abrir esta carta, amor você vai saber, mas pelo amor de Deus não chora! Podemos afirmar categoricamente que haverá choros e que todos chorarão simultaneamente, os que estão lendo  a carta e aquele que a remeteu, a sintonia e afinidades espirituais são  tão intensas e verdadeiras que todos chorarão como se estivessem juntos e presentes àquele ato de amor divino. Deus assim o quis...


                   Vejam meus irmãos que coisa maravilhosa. Olhem o que o desgraçado pede e quase implorando àqueles a quem abandonou e deixou num primeiro momento à própria sorte, pede... Não chora! Compreenda o meu ato de desvario a minha fuga pertinaz, audaciosa, deixando para trás os que me deram a própria vida, ou que me mantiveram por algum tempo vivendo até este momento, que se sente ferido de morte por ter deixado para trás os seus e que pode até nunca mais vê-los, mas tudo com a melhor das boas intenções, pois quer um dia voltar pra vocês!! Esperem por mim, se tudo der certo vou voltar para o meu lugar, sou sertanejo, amo o sertão, por favor, não chorem isso me enfraquece e eu preciso de muita coragem e força para vencer e mantê-los vivos e voltar para reencontrá-los. Amor, não chora!(cont.)


Rio, 26/12/2010

Emmanuel Avelino.



sábado, 25 de dezembro de 2010

BRAVA GENTE PORTUGUESA


                    Brava Gente!!!    Portuguesa.... Sem isso que vimos  o que seríamos nós os pretensiosos heróis brasileiros?  Imaginemos, meus irmãos o tamanho da coragem e do sacrifício implementado pelos nossos patrícios... Rasgaram os mares e venceram as tormentas, pois rasgaram, igualmente, as entranhas da sorte e do destino, nos legando as perspectivas de um futuro esplendoroso para os aborígines das Américas, e hoje somos todos nós.


                    Raça Mãe, Deus não haverá de esquecê-la, porque nós desgraçadamente a desprezamos. Que Deus abençoe aos heróis da Nova Era, tanto os que aqui chegaram como aqueles que soçobraram e que hoje moram no fundo dos Mares das Tormentas com suas abençoadas e benditas Caravelas de Portugal. Viva a Brava Gente Lusitana!!! Esse deveria ser o nosso AGRADECIMENTO ETERNO !!!




Rio, 20/06/2005
Emmanuel Avelino

A DOR DA INCLEMÊNCIA



                        Basta doer para curar o que se quer sarar da dor que se há de sofrer
                        Basta sentir o que se procura viver para que se possa existir
                        Em qualquer contexto do que foi eleito na convicção do peito
                        Basta olhar neste olhar tristonho de quem sonha, sonhou e acalentou
                        Todas as esperanças e ideais permitidos à imaginação insólita
                        Basta penetrar no mundo das aspirações indômitas,  mas queridas
                        A todo custo para se realizar e amenizar o doer, o sofrer, o rigor da dor
                        Basta estar sentindo a aspereza e a severidade implacável da vida
                        Que se apresenta bondosa, branda, benevolente, indulgente, tudo só
                        Na aparência como que a transpirar a clemência do natural existir
                        Basta nascer bruto na rudeza da terra causticante desse torrão norte
                        Sentir o cheiro, o aroma e a fragrância dos humores do chão cru
                        Basta ser  o ser ambulante de todas as histórias dessa raça cabocla 
                        Mas distinta do querer por tudo, mas ordeira, cumprideira e resignada
                        Basta entender que há hora para todas as horas se encontrarem dentro
                        De si mesmo a confirmar que essa dor enorme tem fim, mas  requer
                        Antes de tudo que o peito acalente e reconheça que valeu doer,  sofrer
                        Conviver com essa persistente idéia da procura insistentes  dos sonhos
                        Onde quer que eles possam se encontrar mas que faça com que se tornem
                        Amenas as agruras insistentes que assolam os corações doídos dos
                        Indomáveis filhos dos sertões sertanejos onde a dor dói mais por doer
                        Tanto que se torna calejada,  mas que é uma dor inclemente.


                        Rio, 03/12/2005.
                         EMMANUEL AVELINO  

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UM NATAL FRANCISCANO

CARÍSSIMO AMIGO

Dr. Emmanuel Avelino e Família



NESSE MOMENTO DE PAZ, ONDE TODAS AS PESSOAS SE ABRAÇAM, SE ENTENDEM, SE CUMPRIMENTAM, E

BUSCAM POR NOVOS SONHOS, PARA TENTAR DESCOBRIR A RAZÃO DE SER FELIZ DE VERDADE.

NESTE MOMENTO ONDE DEUS SE FAZ PRESENTE EM CADA ORAÇÃO, CADA FAMÍLIA, EM TODOS OS LARES,

EU TAMBÉM GOSTARIA DE EXPRESSAR O MEU CARINHO POR VOCÊ.

QUERO DESEJAR QUE OS SEUS PASSOS NUNCA ESTEJAM SÓS, ESTEJAM SEMPRE AMPARADAS PELOS

QUERUBINS E ARCANJOS QUE TEM A MISSÃO DE CAMINHAR COM VOCÊ SEGURANDO FIRME SUAS MÃOS, PARA

QUE OS SEUS PÉS NUNCA VENHAM A TROPEÇAR NO MEIO DO CAMINHO.

QUE NESTE NATAL, VOCÊ POSSA SENTIR A PRESENÇA DE DEUS, DA PAZ E DO PERDÃO.

FELIZ NATAL, NA PAZ DE DEUS, QUE SEMPRE PODE TODAS AS COISAS, POIS, PARA O SENHOR NADA É

IMPOSSÍVEL.

DESEJO QUE VOCÊ REALIZE OS SEUS IDEAIS.

FELIZ NATAL PARA O SENHOR  E TODOS AQUELES QUE O SENHOR AMA.

ABRAÇOS, SAÚDE E MUITA PAZ

SERGIO MONTALVÃO E FAMILIA.

Rio, 24/12/2010.



P S agradecemos ao Amigo, Irmão e Confrade que nos enviou esta poesia em homenagem ao Amor, a Paz e à Fraternidade dos franciscanos.



http://www.emmanuelavellino.blogspot.com/

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

IRMÃOS, UM FELIZ NATAL!!

                            IRMÃOS, UM FELIZ NATAL !!!




 Quisera Senhor, neste Natal, armar uma árvore




 Os antigos e os mais recentes.

 Os que vejo a cada dia e os que raramente encontro.

 Os sempre lembrados e os que às vezes ficam esquecidos.



Os das horas difíceis e nos das horas alegres,


 Aqueles a quem conheço profundamente 
e aqueles de quem não me são conhecidos , 
a não ser as aparências.

 Os que pouco me devem e aqueles a quem muito devo.

Meus amigos humildes a meus amigos importantes.

Os nomes de todos os que já passaram pela minha vida.



De ramos muito extensos, 
para que novos nomes vindos de todas as partes, 
venham juntar-se aos existentes.

 De sombras muito agradáveis 
para que nossa amizade seja um aumento 
de repouso nas lutas da vida.

que se inicia, para que possamos viver
 sempre o amor e a fraternidade.


 FELIZ  NATAL!!!! 

JOSÉ  ANTONIO


Rio, 24/12/2010.


P S agradecemos ao Amigo, Irmão e Confrade que nos enviou esta poesia em homenagem ao Amor, a Paz e à Fraternidade dos franciscanos.

Que o natal esteja vivo dentro de nós 
em cada dia do ano

Uma árvore de raízes muito profundas 
para que seus nomes nunca mais sejam
arrancados do meu coração.

os que sem querer, eu magoei, ou, 
sem querer me magoaram.

Os constantes e os intermitentes.

Os amigos de longe e de perto.

dentro do meu coração e nela pendurar em vez de
presentes, os nomes de todos os meus amigos.

domingo, 12 de dezembro de 2010

A Dimensão dos Versos

                                           

Por si só às vezes o verso vale mais

que a obra, que o poema, que a poesia.

Num verso às vezes pode-se definir o

pensador, o autor, a vida, o criador do

universo. Há quem diga que a vida é uma

poesia. E qual seria o verso que definiria o

momento primeiro da vida, o fiat lux? Esse

verso é absoluto. Onipotente. Onisciente.

Onipresente. E, se constitui de uma única

palavra, mas que define a obra, a poesia,

o poema, o universo. Esse verso criou

todas as coisas existentes no cosmo. Esse

verso é DEUS! Eis a dimensão incomesurável

e metafísica da vida, que é pois uma

poesia divina que nos embala a todos na

caminhada dos tempos insondáveis dos

universos, morada sem endereço onde

habita o criador poeta.



Rio de Janeiro, 2005

Emmanuel Avelino.

Da obra "a dimensão metafísica"

oração de são francisco de assis

Senhor!
Fazei de mim um instrumento de tua Paz;
Onde houver ódio que eu leve o amor
Onde houver ofensa que eu leve o perdão
Onde houver discórdia que eu leve a união
Onde houver dúvidas que eu leve a fé
Onde houver erros que eu leve a verdade
Onde houver desespero que eu leve a esperança
Onde houver tristeza que eu leve a alegria
Onde houver trevas que eu leve a luz.
Ó mestre!  Fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado;
Compreender que ser compreendido;
Amar que ser amado...
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado
e é morrendo que se vive para a vida eterna!


Assis, Itália no ano de 1224

Francisco de Assis

CÂNTICO DO IRMÃO SOL OU DAS CRIATURAS

Altíssimo, todo-poderoso e bom Senhor
em teu nome, glória, honra e toda bênção
a ti só essas coisas ó Tu Altíssimo
e nenhum homem é digno de nomeá-lo.
Louvado sejas, Senhor, com todas as tuas criaturas
especialmente meu senhor irmão Sol
através do qual nos dás o dia, a luz
ele é belo, irradiando um grande esplendor
e de ti, ó Altíssimo, ele nos oferece o símbolo.
Louvado sejas tu meu Senhor pela irmã Lua e pelas Estrelas
No céu tu as formastes claras, preciosas e belas.
Louvado sejas tu meu Senhor pelo irmão Vento,
E pelo ar e pelas nuvens
Pelo azul calmo e por todos os tipos de tempo,
Graças a eles tu manténs com vida todas as criaturas.
Louvado sejas tu meu Senhor pela irmã Água
Que é tão útil e tão sábia
Preciosa e casta.
Louvado sejas tu meu Senhor pelo irmão Fogo
através do qual tu iluminas a noite,
ele é belo e alegre,
indomável e forte.
Louvado sejas tu meu Senhor pela irmã nossa mãe a Terra
que nos carrega e nos alimenta,
que produz a diversidade dos frutos
com as flores matizadas e as ervas.
Louvado sejas tu meu Senhor por aqueles
que perdoam por amor a ti,
que suportam provações e doenças,
felizes se conservam a paz
porque por ti, Altíssimo, eles serão coroados.
Louvado sejas tu meu Senhor por nossa irmã a Morte
corporal,
porque nenhum homem vivo dela pode escapar,
infelicidade para aqueles que morrem em pecado mortal,
felizes aqueles que estiverem fazendo tua vontade quando
ela os surpreender
porque a segunda morte não poderá prejudicá-los.
Louvai e bendizei ao Senhor,
dai-lhe graças e servidão
com toda a humildade.


Assis, Itália no ano de 1224

Francisco de Assis.